Ah Vento!
Baforando o som zombeteiro de liberdade, batendo forte na porta da madrugada, lascivo, potente.
Solapando paredes, infiltrando-se nas almas incautas.
Pégasus do tempo, Dom Quixote apaixonado vagando pela noite dos insones,
Capturando sonhos soprando ao longe!
Ah vento! vadio, cheio de graça, cantando pelas calçadas, arrastando todas as poeiras de pensamentos ocultos nos cantos sagrados da desgraça!
Ah vento, desafiador, magistral, senhor absoluto da sua vontade.
sem dono nem amarras, sem idas nem vindas, simplesmente solto seguindo à toa, margeando praias, arbustos, janelas, vontades.....
Vento, vento como puta de estrada esgueirando a madrugada
A observar tudo desordenado ao redor da sua graça!
Marcia Drimus
26/10/2011
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