quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

O tempo

Agora era o ontem
um cheiro mascado de lembranças comidas...
um olhar esgueado pela esquina do outro dia, tantas coisas se passaram
Um flash que cabe a vida inteira,
uma sede atroz de juventude de poder a todo tempo, sem medo ou engano
simples como um sopro...
e agora já era o ontem
pontilhado de começos, salpicado de tropeços sublinhado de momentos,
e agora tenho só o amanhã,
pra começar, para dirigir, para me perder em outras esquinas e encontrar
talvez outras lembranças...

O Meu, o seu

posto esse seu texto que concorreu aos talentos da maturidade, você que escreve com a alma!

O Meu, o seu

Não haveriam cruzado os meus
Os seus decididos passos
Não havia fitado o meu
O seu castanho doce olhar
Não haviam segurado as minhas
As suas fortes, firmes mãos.
Não haviam ouvido meus sentidos
O sentido da sua vibração.
Não Havia vida sua só sua.
Na minha, só minha!
Somado os minutos,
Subtraído os desencantos,
Dividido as alegrias,
Apagado as tristezas,
absorvido, integrado com sede, com verdade infinda,
você e eu!
Mas estava escrito, aconteceu.
E agora o que eu faço com as caixas vazias?
Do meu e do seu?